O
amor é simples, a vida e todos os sentimentos são simples, são ridículas e por
vezes são rudimentares. E tudo isto vira um monstro sagrado quando entra na
massa cinzenta de um Homem. Todos os pedaços caídos viram muralhas gigantescas
e os sentimentos, que nem tamanhos têm, ganham dimensões e prospecções que
alastram como um cancro. O ódio cega-nos, tal como a alegria, o amor, o
desprezo e qualquer outro sentimento minúsculo. Quando tudo pode ser simples
como todos eles o são. O “monstro” somos nós, os sentimentos são as armas que
nos destroem e são perigosos por serem abstratas e indestrutíveis. Quando
entram na mente humana ganham corpos e tornam perspicazes, temíveis e imortais.
O Homem é o estimulante dos sentimentos, apanha qualquer um deles pela avenida
e torna o na maior cidade da sua mente e a partir daí cria canais de comunicação
entre si que depois poderá culminar na sua autodestruição… tudo em busca da
felicidade eterna que nenhum Homem jamais chegará.