domingo, 14 de julho de 2013

A ilusão de que há uma eternidade para amar

Quantos amores hão de perder
Na ilusão de que há eternidade para amar?

Quantos amores, Deus, se iludem
Quando podem desabraçar do tempo
E amar em nenhuma eternidade…

Quantos, meu Deus!
Quantas mágoas em saudades perdidas
Hão de se afogar na desilusão de terem feito nada
Perante a eternidade hipotética

Se esta for minha – a eternidade não tomará
Mas quantos amores hão de perder
Quando, por não eternidade, viramos tantas!

Quantos, oh Deus
Quantos amores se esquecem…
Se esquecem…
Se esquecem…

Quantos amores hão de perder,
Quantos, meu Deus!
Quantos, meu Deus!
Hão de ver que somos a estrela cadente
Nos céus do tempo, tão breve e ardente

Hão de ver que a vida é breve,
Que somos tão breves que o amor nos escapa
Na esperança de vivê-la eterna.

Se em tempo certo não amarmos
Quantos amores hão de perder!
Quantos amores hão de perder!

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