sábado, 10 de agosto de 2013

O claro que assoma em nada luz, senão o escuro

A noite brilhava para mim no escuro
O claro que assoma em nada luz, senão o escuro
Do que vi mais belo entre toda a escuridão
Que belo é nem sempre, não sendo a parda noite aquela.
Em cada escuro alterna o brilho a muitas voltas
E as voltas que eu virava, o brilho estava a cada canto
Até o mais negro céu, que vi jamais, brilhava desprovido dos astros
- Afinal eram os teus olhos
As luas da minha noite mais parda
Os astros que faltavam à esfera celeste da minha vida
Que a noite rende à sua escuridão mais assombrosa
Perante a divindade da luz brilhante dos olhos da minha paz
- Eram os teus olhos
Os faróis dos meus passos tortos e sós
- Afinal, eram os teus olhos
A companhia que freia as minhas noites mais turbulentas
Que ilumina o amor que largo ao vento pelos tortos caminhos
Queimando as mãos erradas que o acolhe
- Eram os teus olhos
Os laços que prendem qualquer noite que me assombra

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