Rasga o céu de Lisboa, a saudade
Que seja negra ou azul do que veste
Suporta o peso, ó cidade lusitana! Da dor que deste
A este servo dentre tanta humanidade!
Giras, ó tempo, em voltas estúpidas
Mortas e retardadas, levas tudo e nada volta
Em movimento ilusório da evolução que me escolta
Quando varres as minhas nobres lembranças vividas
Quando lágrimas caminham vivas
Pelos mortos tempos sentimentais
Pelas dores saltitantes que voltam jamais
Crivadas pelas partes das almas mais primitivas
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